A evolução do cooperação Sul-Sul: fortalecimento da agenda territorial e os desdobramentos para o desenvolvimento rural

Abstract

Desde a Conferência de Bandung, os países do Sul se organizam de forma estruturada para alcançar melhores níveis de desenvolvimento. O presente artigo busca apresentar a evolução e as recentes tendências da Cooperação Sul-Sul, apresentando como as dinâmicas históricas conduziram a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências a adotarem uma abordagem territorial, com um forte apelo de mobilização dos atores locais. Aliado a isso, apontar o aumento da autonomia dos atores, que conseguem cada vez mais dialogar e conduzir iniciativas de cooperação fora da esfera formal do governo central. Este artigo visa, também, apresentar o desenvolvimento rural, a agricultura e segurança alimentar como fatores essenciais ao desenvolvimento, que desde 1978, com o BAPA (Buenos Aires Plan of Action), é uma das principais linhas temáticas trabalhadas quando se trata da agenda de desenvolvimento do sul. Junto a isso, os desafios apresentados frente à priorização das dinâmicas de mercado ante o desenvolvimento social, e como algumas das agências multilaterais têm trabalhado no sentido de promover a facilitação da cooperação sul-sul e empoderamento das minorias, no alcance da governança como estratégia de desenvolvimento endógeno e localizado. O texto foi construído a partir de pesquisa documental, principalmente com resoluções das Nações Unidas, e bibliográfica com textos presentes em livros de história das relações internacionais e artigos de Cooperação Sul-Sul.

Since the Bandung Conference in 1955, the countries of the South have organized themselves in a structured way to achieve better levels of development. This article aims to present the evolution and recent trends of South-South Cooperation, showing how the historical dynamics have led the United Nations and its agencies to adopt a territorial approach, with a strong appeal to mobilize local actors. Allied to this, the increase of the independence of the actors that, with autonomy, manage to dialogue and conduct initiatives of cooperation outside the formal sphere of the central government. This article also aims to present rural development, agriculture and food security as essential factors for the development that since 1978, with BAPA (Buenos Aires Plan of Action), is one of the main thematic lines presented when it comes to the development of the southern agenda. Alongside this, the challenges presented by the prioritization of market dynamics in the face of social development, and how some of the multilateral agencies have worked to promote the facilitation of South-South cooperation and empowerment of minorities, in the achievement of governance as a strategy for endogenous and localized development.

Desde la Conferencia de Bandung, los países del Sur se organizan de forma estructurada para alcanzar mejores niveles de desarrollo. El presente artículo busca presentar la evolución y las recientes tendencias de la Cooperación Sur-Sur y muestra la manera en que las dinámicas históricas condujeron a la Organización de las Naciones Unidas (ONU) y sus agencias a adoptar un enfoque territorial, con una fuerte apelación a la movilización de los actores locales. Aliado a ello, señalar el incremento de la autonomía de los actores, que logran cada vez más dialogar y conducir iniciativas de cooperación fuera de la esfera formal del gobierno central. Asimismo, este artículo pretende presentar el desarrollo rural, la agricultura y seguridad alimentaria como factores esenciales al desarrollo, que desde 1978, con el BAPA (Buenos Aires Plan of Action), es una de las principales líneas temáticas trabajadas cuando se trata de la agenda de desarrollo del Sur. Junto con ello, los desafíos presentados ante la priorización de las dinámicas de mercado ante el desarrollo social, y cómo han trabajado algunas de las agencias multilaterales en el sentido de promover la facilitación de la cooperación Sur-Sur y empoderamiento de las minorías, en el alcance de la gobernanza como estrategia de desarrollo endógeno y localizado.