Resumo:
Atualmente a produção e comercialização de alimentos de caráter familiar tem afetado a qualidade do solo. No semiárido nordestino, esse tipo de exploração agrícola tem sido ainda mais intenso. Nesse contexto é de fundamental importância conhecer o impacto desses tipos de usos e manejos na qualidade do solo. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito dos diferentes usos e manejos agrícolas sobre a macrofauna e carbono orgânico do solo, na região semiárida do Piauí. As áreas estudadas foram: área sob vegetação nativa preservada; área sob cultivo de milho; área sob cultivo de capim mombaça e área sob cultivo de mandioca. Foram amostradas macrofauna epígea e edáfica. Para isso foram instaladas armadilhas do tipo PROVID e retirados monólitos de solo nas camadas nas camadas de 0,00-0,10 e 0,10-0,20 m. Além disso, foram coletas amostras de solo nas camadas de 0,00-0,05 e 0,05-0,10 m para avaliação do teor de carbono orgânico do solo. Os grupos Hymenoptera e Coleoptera ocorrem com maior frequência nas áreas cultivadas com capim mombaça, milho e mandioca, assim como na vegetação nativa preservada. A vegetação nativa preservada possui maiores valores de abundância, riqueza, diversidade e equitabilidade. A área cultivada com capim mombaça possui sistema de uso solo semelhante à vegetação nativa preservada. As áreas com cultivo de milho e mandioca diminuem a Abundância, Riqueza e os índices de diversidade e equidade da fauna, assim como os teores de carbono orgânico do solo. A Abundância, Riqueza, Índice de Shannon, Aranaea, Blattodea, Coleoptera, Diplopoda, Diptera, Himenoptera, Isoptera e Pseudoescorpionida, para a macrofauna epígea, a Abundância, Riqueza, Araneae, Hymenoptera, Blattodea, para a macrofauna edáfica e o COS são sensíveis ao manejo do solo utilizado.