Resumo:
A iniciativa surge do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável e Combate à Desertificação (DRSD), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que tem por competência implementar a Política Nacional de Combate à Desertificação (Lei no 13.153, de 30 de julho de 2015), e, para tanto, elaborou uma estratégia que consiste na implantação das Unidades de Recuperação de Áreas Degradadas e Redução da Vulnerabilidade Climática – URAD, tornando-se referência para o enfrentamento de um dos mais graves problemas ambientais, com forte impacto social e econômico no Nordeste do Brasil. Para o êxito dessa estratégia, as ações são implementadas de forma integrada, envolvendo ações ambientais, sociais e produtivas. As ações ambientais compreendem a recuperação da biodiversidade, solo e água. As ações sociais garantem a segurança hídrica, sanitária e energética da população. Em paralelo, visando combater as causas da degradação, são implementados módulos produtivos sustentáveis, que aplicam técnicas modernas de conservação de solos e água, como Integração Lavoura Pecuária e Floresta – ILPF e Sistemas Agroflorestais – SAF. Metodologicamente a estratégia buscou envolver parcerias locais em prol de uma agenda comum para a ampliação de implantação de URADs. Em síntese, a Unidade de Recuperação em Áreas Degradadas – URAD é uma iniciativa piloto que envolve diferentes entidades em prol de uma agenda de implantação de tecnologias sociais de preservação ambiental, manejo da água e do solo, em locais de alto índice de degradação. O estado de Sergipe foi escolhido como local piloto, sendo o Assentamento Modelo uma das áreas de implementação, e objeto dessa sistematização. A experiência apresenta potencial de replicação pelas mudanças provocadas através das tecnologias implementadas, assim como, propiciou a simulação de uma microbacia na área.