Resumo:
O I Workshop Nacional sobre Agroka’atinga no Semiárido Brasileiro é uma realização da Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido – REFAISA através do projeto Adaptando Conhecimento para a Agricultura Sustentável e o Acesso a Mercados – AKSAAM e do Projeto Bem Diverso, bem como uma co-realização do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, da Fundação Arthur Bernardes – FUNARBE, Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável – IPPDS e da Universidade Federal de Viçosa – UFV, tendo apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, Global Environment Facility – GEF, Misereor e Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola – FIDA.
Essa ação é resultado do Programa Técnico e Educativo de Sistemas Agroflorestais – SAF’s nas Escolas Famílias Agrícolas e Comunidades Rurais, implementado pela REFAISA desde junho de 2020, com experiências inovadoras por meio da Pedagogia da Alternância no Tempo Escola e no Tempo Comunidade, compreendendo as especificidades de cada região, contribuindo com o desenvolvimento rural sustentável através da sistematização e disseminação de conhecimentos, experiências e boas práticas, garantindo a sustentabilidade socioambiental e de inovações tecnológicas que promovam a resiliência do bioma Caatinga às mudanças climáticas.
O evento teve por objetivo disseminar o conceito de Agroka’atinga enquanto sistema de agricultura resiliente às mudanças climáticas, contextualizado e apropriado ao bioma Caatinga e ao clima Semiárido.
A Caatinga é um bioma brasileiro que apresenta clima semiárido, vegetação com poucas folhas e adaptadas para os períodos de secas, além de grande biodiversidade. Esse bioma é encontrado em áreas do Nordeste do Brasil, nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte de Minas Gerais. Toda essa área abrange cerca de 844 mil km 2 , ou seja, 11% do território brasileiro.
O nome Caatinga significa, em tupi-guarani, "mata branca". Esse nome faz referência a cor
predominante da vegetação durante a estação de seca, onde quase todas as plantas perdem as folhas para diminuir a transpiração e evitar a perda de água armazenada. No inverno, devido a ocorrência de chuva, as folhas verdes e as flores voltam a brotar.
Apesar de sua importância ecológica, calcula-se que 40 mil km 2 da Caatinga encontra-se em processo avançado de desertificação, o que é explicado pelo corte da vegetação para servir como lenha e pelo manejo inadequado do solo.
No âmbito dessa problemática, o evento reuniu agricultores/as familiares, lideranças comunitárias, estudantes, pesquisadores/as, profissionais da Assessoria Técnica e Extensão Rural – ATER, professores/as, educadores/as, povos e comunidades tradicionais, no período de 10 a 13 de novembro de 2021, de forma virtual, com carga horária de 20 horas, com submissão de Resumo Simples e Resumo Expandido para compor esse ANAIS do evento.