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https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/2429
Título: | Desempenho produtivo de vacas lactantes alimentadas com farelo de mamona tratado com óxido de cálcio |
Título(s) alternativo(s): | Performance of dairy cows fed with castor meal treated with calcium oxide |
Autor(es): | Costa, Juliana Variz da |
Palavras-chave: | Co-produtos do Biodiesel Ricina Produção de leite Torta de mamona |
Data do documento: | 2010 |
Editor: | Universidade Federal de Viçosa |
Citação: | COSTA, Juliana Variz da. Desempenho produtivo de vacas lactantes alimentadas com farelo de mamona tratado com óxido de cálcio. 2010. 43 f. Dissertação (Mestrado em Genética e Melhoramento de Animais Domésticos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010. |
Resumo: | O crescimento da participação de biodiesel na matriz energética mundial aumentou o interesse no cultivo e processamento de oleaginosas, criando oportunidades para a produção de ruminantes pela possibilidade de utilização de co-produtos resultantes do processo de extração do óleo das sementes dessas oleaginosas. A mamona (Ricinus communis L.) é uma cultura tradicional do semi-árido brasileiro, e se destaca pelo potencial de exploração nessas regiões marginalizadas do processo de desenvolvimento econômico e pela maior intensidade no uso de mão-de-obra. Nesse sentido, avaliou-se o efeito da substituição do farelo de soja (FS) pelo farelo de mamona não decorticado, tratado com óxido de cálcio (FMT), nas proporções de 0; 1/3; 2/3 e 1, na base da matéria seca (MS), sobre o consumo, a digestibilidade, o desempenho produtivo e o metabolismo de compostos nitrogenados (N) em vacas de leite. A inativação (por desnaturação) da toxina ricina no farelo de mamona (FM) foi realizada utilizando-se solução de óxido de cálcio (micropulverizado, com 90% de óxido total), na dose de 60 gramas de cal/kg de FM, na base da matéria natural. Foram utilizadas 16vacas da raça Holandesa, distribuídas em quatro quadrados latinos 4 x 4, de acordo com o período de lactação, balanceados para efeito residual. Os animais receberam ração concentrada na proporção de 1 kg para cada 3 kg de leite produzido, na base da matéria natural, o que correspondeu ao fornecimento de dietas isonitrogenadas contendo 32,56% de concentrado (base da MS). Utilizou-se silagem de milho como fonte exclusiva de volumoso. Adotou-se o teste de Williams como procedimento de comparações de médias. O teor de ricina do FM foi reduzido em 92,6% com o tratamento alcalino (de 1004,6 para 73,9 mg de ricina/kg de MS de farelo). A substituição do FS pelo FMT aumentou em 32 e 18% as frações de N insolúveis em detergente neutro e ácido na dieta. Além disso, incrementou em 11 e 142% os teores de lignina e cutina, o que contribuiu para aumentar em 29% a fração indigestível da fibra em detergente neutro na dieta. O consumo de ricina aumentou a partir de 1/3 de substituição, com valor máximo de 0,31 mg de ricina/kg de peso corporal na dieta com o maior nível de substituição. Contudo, não foram verificados sintomas clínicos de intoxicação por ricina, bem como efeitos (P>0,05) sobre os níveis séricos das enzimas hepáticas gama glutamiltranspeptidase, alanina aminotransaminase e aspartato aminotransaminase. Os consumos de MS, PB e carboidratos não fibrosos (CNF) reduziram (P<0,05) a partir de 2/3 de substituição, enquanto o consumo de fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) aumentou (P<0,05) a partir de 1/3 de substituição do FS pelo FMT. Apesar da digestibilidade de todos os componentes da dieta [exceto extrato etéreo, que aumentou (P<0,05)] ter reduzido a partir de 1/3 de substituição, os consumos dos componentes digestíveis (MS, matéria orgânica, PB, CNF, FDNcp) e nutrientes digestíveis totais (NDT) somente foram reduzidos (P<0,05) a partir de 2/3 de substituição. Devido à redução do consumo de energia digestível, a síntese de N microbiano ruminal reduziu (P<0,05) com a substituição total do FS pelo FMT. A produção de leite (PL), PL corrigida para 3,5% de gordura, os teores de PB e estrato seco desengordurado do leite, a variação diária de peso corporal e a eficiência de utilização dos nutrientes para síntese de N no leite reduziram (P<0,05) a partir de 2/3 de substituição do FS pelo FMT. Concluiu-se que o FMT pode substituir no máximo 1/3 do FS (5% de inclusão na MS da dieta ou 0,860 kg de MS/dia de FMT) para vacas de leite com produção média de 25 kg/dia de leite. |
URI: | https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/2429 |
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