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https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/2449
Título: | Tabelas brasileiras de composição de alimentos, determinação e estimativa do valor energético de alimentos para bovinos |
Título(s) alternativo(s): | Brazilian tables of feed composition, energetic value determination and estimate of feeds for ruminants |
Autor(es): | Magalhães, Karla Alves |
Palavras-chave: | Composição química Volumosos Ruminantes |
Data do documento: | 2007 |
Editor: | Universidade Federal de Viçosa |
Citação: | MAGALHÃES, Karla Alves. Tabelas brasileiras de composição de alimentos, determinação e estimativa do valor energético de alimentos para bovinos. 2007. 281 f. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Animais Domésticos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2007. |
Resumo: | Esse trabalho consistiu de duas partes. Na primeira objetivou-se coletar, cadastrar e atualizar os dados referentes à composição química de alimentos utilizados na alimentação de ruminantes, para elaborar a segunda edição das Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos para Bovinos. Na segunda foram realizados dois experimentos objetivando determinar o valor energético de diferentes volumosos utilizados na dieta de bovinos através de ensaio convencional, além de estimar o NDT desses volumosos utilizando diferentes métodos e equações de predição, como também validar os métodos avaliados com base nos dados de valores energéticos obtidos in vivo e avaliar a degradabilidade in situ da FDN desses volumosos e sua correlação com a digestibilidade in vivo. Para a elaboração das Tabelas, as informações foram coletadas em dissertações, teses, monografias, cadernos técnicos e resultados obtidos em alguns laboratórios de Nutrição Animal, em 31 instituições, abrangendo todas as regiões do país, até julho de 2005. Foram cadastradas no software CQBAL 2.0 (Composição química e bromatológica de alimentos) 1996 referências, 233 nutrientes e 1911 derivados de alimentos. As Tabelas foram divididas por classes de alimentos em oito capítulos, quais sejam: Volumosos Secos, Forragens Verdes, Silagens, Concentrados Energéticos, Concentrados Protéicos, Subprodutos, Fontes de Minerais e Aditivos e Outros. Cada Tabela contém o nome do alimento, a concentração média dos nutrientes, o número de observações (n) e o desvio padrão (s) para cada constituinte analisado. Além disso, alguns alimentos foram agrupados (idade de corte, dias de rebrota, porcentagem de MS, de PB, de grãos, presença de tratamento químico, dentre outros). Observou-se carência de descrição detalhada e completa dos ingredientes presentes nas publicações cadastradas, fazendo com que existam inúmeras lacunas a serem preenchidas com relação, principalmente, ao valor energético dos alimentos, frações nitrogenadas insolúveis em detergente neutro e ácido (NIDN e NIDA), taxas de degradação, de passagem e fracionamento dos nutrientes. Acredita-se que os dados disponibilizados por essas Tabelas poderão, em muito, contribuir para um manejo alimentar mais eficiente de nosso rebanho. Sugere-se uma descrição detalhada dos alimentos utilizados nas rações experimentais avaliadas nas diversas instituições do país, visando preencher as lacunas ainda existentes nas Tabelas, como também a atualização periódica das mesmas. Espera-se que a continuidade desse trabalho e a colaboração de alunos, professores, pesquisadores, técnicos e produtores, possa continuar contribuindo para a geração de informações confiáveis, como também para sua difusão em todo território nacional. No primeiro experimento, foram utilizadas 28 novilhas Nelore em regime de confinamento, com 293 kg de PV médio, alimentadas com volumosos exclusivos na dieta (cana-de-açúcar, silagens de cana, soja, capim mombaça e milho, feno de tifton 85 e capim elefante picado), durante 12 dias, sendo sete para adaptação e cinco dias destinados à coleta total de fezes. Para previnir o efeito deletério do baixo teor de PB sobre o consumo e a digestibilidade, os volumosos com teores de PB inferiores a 7% na MS foram corrigidos com uréia, de forma que a dieta total passou a conter em torno de 12,6% de PB na MS. No segundo experimento, avaliou-se o capim braquiária decumbens (30 dias de rebrota), em pastejo, durante 12 dias (sete para adaptação e cinco dias para coleta de pasto e fezes), utilizando quatro novilhas mestiças com predominância de grau de sangue Nelore, pesando, em média, 361 kg. Para estimativa da produção fecal foi utilizada a LIPE® como indicador e a fibra em detergente ácido indigestível (FDAi) para estimativa do consumo voluntário. Obtidos os valores energéticos dos volumosos in vivo, foram avaliados e validados alguns métodos para predição do NDT dos alimentos, como também de suas frações digestíveis. Todos os modelos são baseados na utilização de equações de predição, associados à composição química dos alimentos. Foram avaliadas as equações propostas pelo NRC (2001); o modelo NRC48, no qual a FDN digestível é obtida após 48h de incubação in vitro; os métodos 30h FDN e 48h FDN, propostos pela Universidade da Califórnia (UCDavis), em que é realizada a digestão da FDN in vitro, durante 30 e 48h de incubação, respectivamente; o método de produção de gás, no qual o gás é produzido durante incubação in vitro de amostras de alimentos juntamente com fluido ruminal, nos tempos 24 h (Gás24h), 48 h (Gás48h) e 72 h (Gás72h) de incubação; uma modificação do método de produção de gás proposto pela UCDavis, sendo denominado de UCD Gás24h; os sub-modelos propostos em Detmann 1, os quais predizem as frações digestíveis dos nutrientes por meio de equações desenvolvidas a partir de dados gerados exclusivamente no Brasil e, por fim, o sub-modelo Detmann 2, que apresenta uma modificação na estimativa da fração digestível da PB, considerando a PB dos alimentos de forma bi-compartimental (PB de conteúdo celular e PB associada à parede celular vegetal). Os modelos empregados foram inadequados para estimar a fração digestível do EE em condições tropicais. O modelo proposto por Detmann 1 foi mais preciso em estimar as frações digestíveis dos CNF e FDNcp de forrageiras tropicais. Para a estimativa da PBd, os modelos NRC (2001) e Detmann 2 foram eficientes. Recomenda-se a utilização dos modelos Detmann 1 e Detmann 2 para estimativas acuradas e precisas do NDT a partir da composição química dos alimentos ou dietas produzidos em condições tropicais. No entanto, deve- se considerar que nenhum modelo foi, concomitantemente, exato e preciso. A digestibilidade in vivo da FDN de gramíneas tropicais pode ser predita pela incubação in situ durante 48 ou 72 h, contudo, o tempo de 72 h parece ser mais adequado. |
URI: | https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/2449 |
Aparece nas coleções: | Alimentação Animal |
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