Perfil bioquímico sanguíneo e ganho de peso corporal de suínos em crescimento alimentados com dietas contendo diferentes concentrações de fosfato bicálcico mantidos em estresse por calor

Abstract

O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil bioquímico sanguíneo, comparando as fase inicial (15 kg) e de crescimento I (30 kg) e avaliar o efeito de dietas, com diferentes teores de fósforo, sobre o perfil metabólico e peso corporal de leitões, mantidos em ambientes termoneutro (22 e 24°C) e quente (32 e 34°C). Utilizou-se 240 leitões, de linhagem comercial, machos castrados com peso corporal médio de 15 e 30 kg, distribuídos em blocos ao acaso, com cinco tratamentos e 12 repetições cada um, mantidos em dois ambientes: termoneutro e quente, sendo distribuídos 120 animais em cada faixa etária. Os tratamentos foram constituídos de dietas com 0,107 (dieta 1- basal), 0,214 (dieta 2), 0,321 (dieta 3), 0,428 (dieta 4) e 0,535% (dieta 5) de fósforo disponível para os leitões em fase inicial (15 kg) e dietas com 0,116% (dieta 1 basal), 0,211% (dieta 2); 0,306% (dieta 3); 0,401% (dieta 4); 0,496% (dieta 5) de fósforo disponível para leitões em fase de crescimento I (30 kg). No início e final das fases experimentais foi determinado o peso corporal e coletadas amostras de sangue para a mensuração de eletrólitos (sódio, potássio, cloreto, cálcio total, fósforo e magnésio), albumina, proteína total, substâncias nitrogenadas (ureia e creatinina), fosfatase alcalina total e óssea, T4 livre, TSH, glicose e lactato. Conclui-se que em suínos existe a necessidade de considerar valores de referência para cada fase de crescimento, pois existe influência exercida pelo fator etário sobre o perfil bioquímico. O aumento nas concentrações de fósforo disponível na dieta promove maior ganho de peso corporal tanto no ambiente termoneutro (24°C) quanto no quente (34°C), apenas nos animais em fase inicial (15 kg). O aumento do fosfato na dieta promove o desequilíbrio da relação fisiológica do cálcio e fósforo sanguíneos, para ambas as fases estudadas. O ambiente quente promove alterações na homeostase e no ganho de peso corporal nas duas fases estudadas.