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https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/380
Título: | Semi-árido: uma visão holística |
Autor(es): | Malvezzi, Roberto |
Palavras-chave: | Semiárido brasileiro Convivência com o Semiárido Gênero Água Rio São Francisco Biomas brasileiros Comunidades tradicionais |
Data do documento: | 2007 |
Editor: | Confea |
Citação: | MALVEZZI, R. Semi-árido: uma visão holística. Brasília: Confea, 2007. |
Resumo: | No Brasil, historicamente, sempre passamos por processos alterna- dos e recorrentes: ou administrando períodos de calmarias, com relativos estágios de crescimento ou sofrendo impactos de graves crises de várias naturezas e dimensões. Esse processo de gangorra se deve a uma crise maior e permanente, isto é, uma crise de projeto, refletida na nossa crise de destino. Nas ultimas décadas – chamadas perdidas para nós, brasileiros -, as crises econômicas, ocorridas em qualquer parte do mundo têm se alas- trado com velocidades e conseqüências terríveis e fantásticas, difíceis de dimensionar. Nesses contextos, os impactos nas economias periféricas como a brasileira tornam-se muito fortes e os problemas econômicos e sociais, já existentes, se agudizam sobremaneira. Nesse patamar, a supe- ração das dificuldades passa a constituir um desafio muito mais difícil de ser enfrentado. É por isso que o Brasil, caracterizado por Celso Furtado como uma construção interropida, precisa de um novo projeto. E não é de um projeto qualquer. É de um Projeto de Nação, um projeto de desenvolvi- mento nacional sustentado e sustentável, tal que contemple os interesses de todos os brasileiros, indistintamente, sem prevalências de quaisquer naturezas. Todavia, há que se dar prioridade para aqueles que até hoje têm sido privados de uma participação plena e digna na vida nacional. O Confea está colocando em debate uma questão muito importante, qual seja o papel que a sociedade brasileira espera que o nosso Sistema assuma e cumpra na formatação e na implementação de um projeto de desenvolvimento, em especial no que diz respeito às políticas públicas. Isso, porque é nestes setores que podemos dar uma contribuição técnica mais qualificada. Em decorrência, estamos propondo um rumo de futuro para o Brasil que queremos. Entendemos isso como um dever inarredável. Uma das ações em desenvolvimento para dar forma e consistência à nossa contribuição em uma proposta de visão de futuro é a produção e divulgação de estudos conjunturais e estruturais sobre o pais e o futuro de nosso povo. Quanto à questão do Semi-árido, este livro contempla uma parte de nosso objetivo sobre o tema. O autor trata o tema de uma forma ho- lística, conforme está explicitado no subtítulo e podemos interpretá-lo no sentido de integral. E, para tal, podemos usar a metáfora de entender o Semi-árido como um ser uno: corpo, mente e alma. Aliás, James Love- lock e Lynn Margulis já em 1959 defendiam que o planeta Terra deveria ser considerado um ser vivo e o denominaram Gaia, nome mitológico da Terra na cultura grega. Essa análise holística perpassa sobre o tema, atribuíndo-lhe uma visão mais abrangente do que aquelas normalmente disseminadas. Assim, o autor disserta – até com o uso de sua índole poética – so- bre questões e aspectos nem sempre percebidos pelo grande público, em especial os brasileiros e brasileiras que não conhecem a região. (E alguns até se atrevem a dissertar e opinar sobre ela...). Além das análises criticas às soluções dadas à questão do bioma, é elencada uma série de alternativas, muitas delas simples, criativas e inovadoras. São verdadeiros exemplos da inventividade e da capacidade dos habitantes do Semi-árido, na busca de soluções práticas, locais e populares para o enfrentamento das dificuldades de seu cotidiano. Entendemos que o livro constitui um grande contributo a um em- basamento mais abrangente e profundo sobre as questões e as soluções que estão na pauta do debate sobre o Semi-árido. Assim, está posta mais uma discussão bem como mais e maiores desafios sobre os atuais e os novos rumos para a questão do Semi-árido, como um todo, “holisticamente”. Discutir, decidir e assumir responsabilidades sobre rumos para a questão do Semi-árido são desafios que a todos nós compete enfrentar, como profissionais, cidadãos e cidadãs. Os atores da História futura julgarão os construtores da História presente. |
URI: | https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/380 |
Aparece nas coleções: | Sociedade, Educação e Saúde |
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