Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/414
Título: | Sistemas agroflorestais no semiárido brasileiro: estratégias para combate à desertificação e enfrentamento às mudanças climáticas |
Título(s) alternativo(s): | Sistemas agroforestales en el semiárido Brasileño: estratégias para el combate a la desertificación y enfrentamiento a los câmbios climáticos Agroforestry systems in the brasilian Semiarid: strategies to combat desetification and confronting climate change |
Autor(es): | Gonçalves, André Luiz Rodrigues Medeiros, Carlos Magno de Matias, Rivaneide Lígia Almeida de |
Palavras-chave: | Sistemas agroflorestais Semiárido Desertificação Mudanças climáticas |
Data do documento: | 2016 |
Editor: | Centro Sabiá |
Citação: | GONÇALVEZ, A. L. R; MEDEIROS, C. M; MATIAS, R. L. A. Sistemas agroflorestais no semiárido brasileiro: estratégias para combate à desertificação e enfrentamento às mudanças climáticas. Recife, Pernambuco: Centro Sabiá, Caatinga, 2016. |
Resumo: | As mudanças climáticas e os processos de desertificação vêm tomando dimensões assustadoras e preocupantes, ameaçando o equilíbrio ambiental do planeta e, por conseguinte, suas populações, especialmente as mais pobres. Nesse cenário, diversas iniciativas têm se manifestado como forma de compreender os fenômenos e construir alternativas capazes de fazer um enfrentamento e dar respostas técnicas, sociais e políticas à questão. Nesse contexto, o Semiárido e seus povos, principalmente as populações rurais, têm sido afetados por esses fenômenos cada vez mais presentes no dia-a-dia e nas vidas das pessoas, desencadeando processos sociais de grande impacto, como a migração para centros urbanos e regiões dominadas pelo latifúndio e o agronegócio, onde se explora essa mão-de-obra se aproveitando da miséria gerada por esse conjunto de situações. Nesta publicação, apresentamos os resultados de uma pesquisa participativa, realizada em diferentes regiões de Pernambuco – Sertão do Pajeú, Sertão do Araripe e Agreste. Nela, diversas famílias agricultoras que vêm promovendo mudanças em suas formas de produzir, organizar e comercializar, relataram como estão fazendo para conviver de forma mais adequada com a escassez de água e com os efeitos das mudanças do clima nos últimos anos. O estudo, que teve como objetivo maior contribuir para o desenvolvimento de estratégias de adaptação às mudanças climáticas e combate à desertificação junto a famílias agricultoras no Semiárido, a partir dos Sistemas Agroflorestais, contou com o apoio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os resultados da pesquisa mostraram que ações já consagradas como a produção de alimentos através de Sistemas Agroflorestais (SAFs) que combinam diversas espécies de plantas, estruturas para o armazena- mento de água na propriedade, organizações de agricultores e agricultoras em pequenas associações, cooperativas e sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais (STTRs), além de acesso a mercados para a venda direta do produto, são medidas que garantem uma vida mais digna para as famílias. Um importante conceito que vem sendo cada vez mais utilizado, principalmente em uma situação de crescente incerteza climática, é o de RESILIÊNCIA. Esta palavra refere-se à capacidade que um determinado sistema tem de absorver e resistir a golpes e mudanças externas sem perder a sua integridade. Um bom exemplo são os próprios sistemas agroflorestais, implantados por milhares de famílias em diferentes partes do Brasil. Como em geral são compostos por diversas espécies de plantas, que possuem distintas características tais como altura, época de produção, exigência em relação à água, tolerância ao sombreamento, etc., quando expostos a uma determinada intempérie, seja um vento forte, um período prolongado de estiagem ou mesmo excesso de chuvas, conseguem absorver esses choques, recuperar-se e continuar a produzir. Ou seja, esses sistemas são mais resilientes e, portanto, mais adequados para situação de variações do clima, seja em longo prazo ou mesmo bruscas, assim como também promovem a conservação e recuperação da agrobiodiversidade, dos solos e das águas, fatores essenciais para a prevenção e o combate à desertificação. Com esta publicação, o Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá e o Caatinga têm como propósito divulgar e expandir esse conjunto de medidas que vem sendo adotado há vários anos por diversas famílias que vivem em comunidades rurais do Semiárido brasileiro. Esses sistemas de produção, além de mais resilientes, promovem simultaneamente uma série de benefícios como produção de alimentos de alta qualidade, soberania e segurança alimentar, proteção da biodiversidade, conservação de fontes e nascentes, além de ajudarem a minimizar as causas e enfrentar os efeitos negativos da mudança do clima e dos processos de desertificação. Assim, entendemos que esses exemplos devem ser visibilizados e apoiados cada vez mais por políticas específicas de investimento e que podem servir de fonte de inspiração para iniciativas semelhantes. |
URI: | https://bibliotecasemiaridos.ufv.br/jspui/handle/123456789/414 |
ISBN: | 978-85-92913-00-7 |
Aparece nas coleções: | Aquecimento Global e Mudanças Climáticas |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Texto completo.pdf | Texto completo | 9,95 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.