Um novo retrato da agricultura familiar do estado do Ceará: a partir dos dados do censo agropecuário 2017

Abstract

Dados de 2017 apontam que 77% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros são da agricultura familiar. Mesmo distante dos olhos de muitos, cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil são produzidos pelo homem e mulher do campo. E a última pesquisa do Governo Federal comprova que, se o Brasil contasse apenas com a produção da agricultura familiar, seríamos o oitavo produtor de alimentos do mundo, com um faturamento de US$ 55,2 bilhões por ano. Hoje, ocupamos a quinta posição do planeta contando com a contribuição do agronegócio. Reflexões a que se propõem esta cartilha com base em levantamentos do Censo Agropecuário merecem total atenção e reconhecimento. E o faço em nome dos agentes públicos que trabalham com afinco para o homem e a mulher do campo, principalmente da agricultura familiar nordestina, através do Sistema Estadual de Agricultura do Ceará, para saudar o Projeto AKSAAM - Adaptando Conhecimento para a Agricultura Sustentável e o Acesso a Mercados - e o IPPDS/ UFV por este trabalho relevante. No Ceará, a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) por meio das ações do Projeto Paulo Freire se alinham nesta perspectiva de desenvolvimento da agricultura familiar e de fortalecimento rural sustentável com base na disseminação de boas práticas e implantação de tecnologias sociais e de convivência com o semiárido em mais de 600 comunidades rurais. Informação é conhecimento. E mais do que isso: nos norteia na consolidação de uma agricultura viva e sustentável. Em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a SDA apoia iniciativas como do Observatório da Agricultura Familiar com intuito de organizar informações, realizar estudos, promover análises e balizar ações públicas com foco naquele agricultor que espera uma ação eficaz para apoiá-lo. Tenho a certeza de que este estudo contribuirá ainda mais para o conhecimento daqueles que são alvo da nossa missão para uma economia cada vez mais alternativa e sustentável, de um Nordeste mais integrado e forte como temos procurado contribuir na Câmara Temática da Agricultura Familiar do Nordeste, junto ao Consórcio dos Governadores, com estudos sérios como desta cartilha. Avante!